sexta-feira, 10 de abril de 2009


Uma poesia de vida e de amor se rebuliça dentro de mim.
O que enxergo é a mim mesma andando nua na beira de águas caldalosas.
Sou eu e a água a nos movimentar em busca da foz onde desaguamos as águas que se carrega dentro do leito.
O caminhar meu e das águas que buscam o grande mar, onde nos confundiremos em um todo.
Eu, a água e o mar, misturados, confundidos, penetrados.
Todos entregues a si e ao tudo e feito um e único.
Eu me entranho nas entranhas que se entranham em mim.
Abraço o corpo que não é meu e é tão meu e que sou eu.
Beijo a boca na boca da boca que não é minha e é tão nossa.
Serpenteio as pernas nas minhas pernas e o braços nos abraços.
A mão alcança a mão que busca o peito em flor.
O coração entre as mãos que invadem o coração em rítmo do tambor. Arranca o coração e segura nas mãos.
Misturo minha saliva com a terra que me lambuza e faz desenhos tatuados pelo corpo.
E largada na foz...A imensidão que se oferece a mim...
Eu caminhando na beira de águas caldalosas...nua comigo mesma sentindo o tambolirar de vida e amor.







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