domingo, 22 de novembro de 2009

Coisa chata essa história de senha!
Esse mês foi uma coisa de correr atrás de senha que esqueci, que perdi...que roubaram.
Pensei que tivesse perdido a senha desse blog.
Parece que tenho que vir aqui todo dia para manter o blog funcionando.
Muito chato isso.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

A VIAGEM


Acabo de chegar do médico de coração.Minha consulta seria pra 10:30 hs. E quando estava dando meio dia, eu estava conversando com uma senhora bem mais velha que eu acompanhada do filho, quando falei:- Vou almoçar, pois fazer teste de resistência com fome a gente pode até morrer!!!!
E se eu morrer agora, quero estar sem fome, com o estômago cheio, por que não sei o tamanho da viagem!Não sei se tem parada pra lanchinho. Afinal, ninguém voltou pra falar se distribuem comidinhas pro viajante!
E lá fui eu pro restaurante.
Quando voltei a senhora e o filho dela não estavam. Chegaram depois...
E ela me confessou:
- Vc tem razão. melhor morrer de estômago cheio...sem fome! Essa viagem, dizem alguns é meio comprida...
Ficamos rindo da situação.
Ela foi atendida e saiu são e salva do teste de resistência.Depois eu de mais um paciência foi a minha vez...Entrei reclamando do tempo perdido na sala de espera. Mas avisei ao médico que tinha almoçado pra caso acontecesse a viagem.
Ficamos rindo desse meu pensamento.

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Sou uma pequena colecionadora de pedras.
Prefiro as coloridas e translúcidas. Mas na verdade gosto de todas.
E tenho muitas coisas diferentes na minha coleção.
E os amigos vendo essa minha paixão por essas coisas miudas, e as vezes nem tanto, me perguntam:
- Por que vc coleciona pedras? Por que ...PEDRAS???
Na verdade eu não sei.
Não me lembro quando isso começou ou como foi que eu me deparei com esse amontoadinho de coisinhas cintilantes dentro de caixas e mais caixas...sem nomes ou qualquer coisa que pudesse dizer algo sobre elas.
Eram pedras apenas...que me acalmam e fazer o dia passam mais leve.
Sempre acreditei que as pedras tem vida!
Oras...não é por que não a vemos nascer e crescer que elas não tem vida!
É claro que tem!!!
Só que o nascer, crescer e morrer das pedras é tão lento que é imperceptível aos olhos. E justamente por que não conseguimos enxergar as pessoas dizem que elas não tem vida!
Pois pra mim elas não só tem vida, como tambem tem memória!!!
Certo dia encontrei outros loucos como eu e eles começaram a ver a minha coleção. E diziam:
- Puxa...vc tem muita coisa boa. Mas essa sua "coleção" não passa de um "amontodinho"!
Pronto...fiquei indignada. E lá fui eu atrás pra saber como transformar o "amontoadinho" em uma coleção!
Comprar caixinhas, etiquetas, separar, catalogar...
Uma parafernália de coisas...tão sem sentido...tão sacais...por que eu só quero mesmo é ver minhas pedrinhas cintilando quando eu precisar delas...
Essa curiosidade sobre as pedras é que me movem em viagens.
Lá vou eu ver outros horizontes buscando novas pedras diferentes.
E nisso acabei chegando na Chapada dos Veadeiros. E foi lá que me dei conta do que as pedras significavam pra mim:

MEMÓRIA!!!

No Vale do Lua que é um lugar aonde um rio caudaloso passa por entre pedras arredondadas eu encontrei uma que me cabia. Abracei e foi como se eu sentisse o calor e o aconchego da pedra em mim.
E me emocionei nesse encontro.
E na trilha que fiz indo conhecer uma cachoeira, fiquei olhando as montanhas de pedras que pareciam que ia cair em cima de mim de tão alta!
Fiquei olhando aquela coisa gigantesca, imponente...e percebi o quanto eu era....uma areia! Um grão....um nada!
Percebi que eu e toda a minha geração virá e irá...e aquela montanha estará ali...gigantesca e imponente!
Fiquei olhando aquela estrutura e imaginando quantas coisas já viu! De quantas coisas participou!
Afinal, pra mim elas vivem. De uma forma diferente, mas vivem!
E todas as vezes que vejo uma pedra, seja de onde for, fico imaginando a trajetória que ela viveu pra chegar ali na minha mão.
Até Maria Bethania em um de seus discos cantou, ou recitou:
"AS PEDRAS TEM SUA BELEZA. É SÓ OLHA-LAS DE VAGAR!"
Experimente pegar uma pedra e olhar bem lentamente pra ela...ela com certeza irá mostrar a sua beleza!






terça-feira, 12 de maio de 2009


É fim de tarde.
Gostaria de não estar tão povoada de pensamentos e de lembranças.
Mas as lembranças me fazem pensar... e relembrar.
Faz quanto tempo, heim?
Nem lembro mais quando foi a última vez que ouvi a sua voz.
Ou que minha mão tocou o seu rosto.
Ou que a sua mão tocou a minha mão.
Não lembro quando foi o nosso último encontro.
Mas lembro quando a gente se despediu de forma definitiva.
Não consigo lembrar de quando ou como ou por que foi assim.
Como também não consigo tocar no que sobrou.
O que sobrou?
Uma máquina fotografica?
Uma muda de roupa velha...sapatos e uma sandália?
Escova de dentes, aparelho de barbear?
Objetos que não fazem falta. E nem é motivo pra se buscar.
O que sobrou além disso?
Uma fotografia da gente juntos. Vejo a foto e finalmente consigo decifrá-la. Nao há nada na foto além de dois rostos risonhos e vazios. Tristes!
E mais nada sobrou além desse amontoado de recordação empoeirada de nada.
Qual era a nossa música? O que nos embalava? O que nos enlaçava?
Agora perdidos um do outro...não!
Agora distantes um do outro como sempre fomos.
- Nos conhecemos???
Nada disso assusta. Mas espanta!
Espanta ver o fim que não se dá conta de quando foi.
Espanta não ver nada além do imenso vasio do nada que nunca houve.
É fim de tarde e me sinto lançar nas ondas do mar.
Eu me jogo dentro do mar que me lava a alma e me assusta!
























sexta-feira, 17 de abril de 2009

O SER É UM SER SÓ!







Quando nasci...
Quando nasci não me lembro quem me levava pela mão até os braços de minha mãe.
Tão pouco me lembro se havia alguém ali a me destiná-la.
Nasci de parto normal.
Solitariamente, antes dos primeiros instante, abria o caminho pelo caminho natural.
Já era uma brava guerreira antes mesmo de nascer.
Então nasci e chorei sozinha também.
Acalentada por colo aquecido de mãe que ainda me era estranha.
A medida que fui crescendo, percebi que sozinha eu crescia.
Tinha, é claro, os cuidados e carinhos vindo da família.
Mas era EU quem tinha que resolver dentro de mim todos os sentimentos, sensações, desconfortos que me chegavam e me asolavam o espírito.
Somente eu poderia reagir. Eu quem poderia digerir. E decidir.
Era eu. Somente eu.
Sozinha novamente igual como nasci.
Na minha adolescência, em uma conversa com o meu irmão sobre a necessidade das coisas e de se fazer determinadas coisas, ele me contou um diálogo entre o EU E O OUTRO EU, que era exatamente assim:
- É NECESSÁRIO?
E o outro respondia categoricamente:
- SIM! É NECESSÁRIO!
O primeiro personagem entedia e decidia a questão:
-ENTÃO...QUE SE FAÇA!
E eu entendi mais uma vez, que se alguém tinha que fazer alguma coisa era eu mesma por mim.
E decidi várias coisas da minha vida. Sozinha.
Por várias vezes me peguei aos prantos chorando a minha solidão.
Pranteava o meu corpo e minha alma, ali...solitariamente...
Quando foi a época de prestar vestibular, mais uma vez em uma conversa com o meu irmão, pois eu tinha tantos sonhos, tantos "poréns", tantos "quesitos", que ele achou importante me dizer:
- O SER HUMANO SÓ PODERÁ FAZER ALGUMA COISA POR SI MESMO QUANDO ELE SE DESCOBRIR UM SER SÓ!
E eu, inexperiente assim como ele, não imaginava que o SER tivesse que ser ou devesse ser, assim tão só.
Eu me formei e fui buscar em outras paragens alguém que pudesse seguir comigo um caminho.
Não o meu. Também não o dele. Mas um caminho de nós dois.
Encontrei vários amigos. Encontrei muitos homens. Estive em muitos lugares. Vivi muitas coisas. Experimentei todas elas.
Mas...continua só.
Os amigos, cada um tinha sua experiencia pra viver.
Os homens, cada um um novo amor.
Os lugares me apeteciam mas sempre tinha que ir embora.
Tudo o que vi, era a minha própria imagem.
Eu e eu. Sozinha.
E assim a vida tem se mostrado.
Mesmo com pessoas próximas tendo seus pares.
Mesmo com amigos que celebram.
Mesmo com telefones que aproximam...
..tudo é tão solitário.
Mais uma vez vou entrar em uma sala de cirurgia.
Uma pequena interveção cirurgica que salva a minha vida e ao mesmo tempo atesta o estado de SER SÓ.
Na mesa, meu corpo estendido e indefeso não poderá ser defendido por mim e por ninguém.
O medo, a dor será apenas minha...
O que eu sinto, mesmo compartilhado não me será menos pesado.
E mais uma vez a vida me atesta que a vida é mesmo muito solitária.
Que eu, assim como todos, somos solitários.
Nascemos e crescemos seguindo o dedo amoroso de nossos pais. Mas de forma solitária.
Celebramos a alegria, a felicidade, o encontro. Cada um de forma intensamente ímpar. E por isso, vivenciada de forma solitária.
E morremos sozinhos.

Não me lembro se eu segurava a mão de alguém quando aqui cheguei.
E não sei se alguém segurará a minha mão me mostrando o caminho quando eu for embora.
O SER É UM SER SÓ!








segunda-feira, 13 de abril de 2009

Poema de duas faces


A luz dos olhos seus


Depois que falei com vc, fiquei me lembrando da gente...do encontro no bar depois de tanto tempo.

Entre tantas coisas lembro dos seus olhos.

A imagem dos seus olhos ficou tatuada nos meus.

É mais que uma imagem. Imagem que não é uma lembrança.

É um sentido...

Eu me lembrar dos seus olhos, consigo me lembrar de mim naquele instante em que eu não era eu e em um eu que nunca fui.

Eu me transformava em algo tão distante daquilo que sou...tão onírica, tão delicado instante e tão poderoso.

Seus olhos naquele dia me falavam tantas coisas boas...tantas promessas de "DIA BRANCO"...

Seus olhos me resgatavam, me arrebatavam de mim mesma e eu feliz me entregava na urdidura de mim e sem saber de mim. Silenciosamente entregue.

Seus olhos brilhavam iluminando o dia, a vida, o sonho!

Seus olhos teciam bailados.

E eu me deixando perder e dispersar na teia tecida por seus olhos.

Seus olhos nos meus, tecendo luminosidades que transcendem a história.

Seus olhos a me desnudar a alma, a desnudar meus olhos.

Seus olhos penetrando minha alma, rasgando a tarde.

Seus olhos...

Naquele instante do seu olhar eu talvez fosse uma lembrança muito remota do que eu imaginei ser.

E que me sentia ser...

sexta-feira, 10 de abril de 2009


Uma poesia de vida e de amor se rebuliça dentro de mim.
O que enxergo é a mim mesma andando nua na beira de águas caldalosas.
Sou eu e a água a nos movimentar em busca da foz onde desaguamos as águas que se carrega dentro do leito.
O caminhar meu e das águas que buscam o grande mar, onde nos confundiremos em um todo.
Eu, a água e o mar, misturados, confundidos, penetrados.
Todos entregues a si e ao tudo e feito um e único.
Eu me entranho nas entranhas que se entranham em mim.
Abraço o corpo que não é meu e é tão meu e que sou eu.
Beijo a boca na boca da boca que não é minha e é tão nossa.
Serpenteio as pernas nas minhas pernas e o braços nos abraços.
A mão alcança a mão que busca o peito em flor.
O coração entre as mãos que invadem o coração em rítmo do tambor. Arranca o coração e segura nas mãos.
Misturo minha saliva com a terra que me lambuza e faz desenhos tatuados pelo corpo.
E largada na foz...A imensidão que se oferece a mim...
Eu caminhando na beira de águas caldalosas...nua comigo mesma sentindo o tambolirar de vida e amor.







terça-feira, 7 de abril de 2009


Outro dia, sonhei com o Coliseu romano.
Muita gente contemporânea na arquibancada gritando e exaurindo os seus horrores.
Uma louca mulher enfrentava a fera hedionda.
As pessoas queriam o sangue sagrado da mulher.
Essa enfrentava a besta seguindo fielmente a sua estrada.
O povo clamava pelo sangue sagrado da mulher.
Ela, já lacerada, humilhada, ainda se contorcia no chão. Mas não pedia clemência.
Socorrida pelas força interior de seu ser, se erguia pra mais um confronto.
O povo, mesmo vendo a mulher ultrajada, ninguém estendeu-lhe a mão.
Não houve seguer um grito de dor pela mulher.
Ninguém chamou-lhe o nome em sua defesa.
Não houve seguer um gesto.
Um olhar piedoso.
Ao contrário.
Os homens tripudiavam nos amores e dores dela.
As mulheres regogizavam...
Os homens blasfemavam.
As mulheres antegozavam todas as quedas.
A selvageria e prepotência do ataque masculino diante o clamor do povo fez com que potencializasse cada golpe certeiro.
Até que cansada e exaurida olhava atônita pras mulheres e o grande público na arquibancada até se retirar da arena.
Derrotada. Ferida.
Esperava pelo menos uma voz em seu favor.
Não houve. Nenhum fio de voz a defende-la do leão.
Não houve nem silêncio na sua retirada cabaleante.
Ao fim do espetáculo, lá estava a besta fera, recebendo o apoio e aplausos ardentes do grande público a que se submeteu a louca mulher.
A besta fera hoje, talvez não seja lenda. Mas também não é mistério.
Não é estória, mas também não se tornou história.
Sobrou apenas o ardor selvagem masculino que se perpetuou e demostrou com isso a coragem pérfida de ferir a mulher.
Por fim, nada sobrou.
O que ontem se fez forte e valente, hoje aos meus olhos silenciosos tornou-se um vil e desleal.
O que ontem era uma louca mulher, hoje aos meus olhos silenciosos tornou-se mais que linda. Tornou-se mais Mulher!
Tornou-se uma linda mulher gurreira, que lutou por todas as mulheres que não entenderam a sua luta!
Ou não entenderam... Ou por medo ou pudor, resolveram calar-se!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

...


Tenho medo...

Minha vida é marcada pelo medo de perder o que nem mesmo consegui e muito mesmo que seja meu.

Tenho medo de fantasmas, de lugares escuros e de histórias de amores.

Estranho falar de histórias de amores, principalmente quando é a minha História de Amor compartilhada com um homem casado com uma outra mulher que já soube uma vez de mim e por isso sumimos e nos perdemos por aí.

O que não impediu o reencontro.

Depois de tantos anos, saídos do nada estávamos um em frente ao outro, olhos nos olhos que sorriam felizes e crentes.

Mãos que se tocavam numa furia retitente.

Palavras inspiradas em poesias. E separações.

Minha História de Amor é um jogo de palavras que se alimenta apenas por existirmos e sabermos que mesmo juntos estamos separados e separados estamos muito juntos.

Já amei tantos mas não como esse em que não existe futuro e nenhuma vontade de se construir nada. Nos basta a poesia de nós mesmo. Nos basta o desejo do reencontro.

O talvez nos alimenta, o improvável é o nosso porto seguro.

É uma relação tão insugura que essa é a nossa segurança.

Sabemos onde vamos e por onde andamos. Mas vamos norteados pelo desejo de chegar a lugar algum.

Estranho amor que sobreviveu do nada.

Sempre esteve ali, contido em nós dois. Adormecido.

Uma vez nos separamos. De que adiantou?

E se formos separados mais uma vez. De que adiantará?

Seguiremos estradas paralelas.

Seguiremos até que um encontre o outro.

E juntos se busquem no insóltio.

Vamos indo ao encontro da lua.

Uma História de Amor, quero acreditar, é uma História de Amor que não se fundamenta em nada.

Apenas no amor...senão vira compromisso, coisa séria e deixa de ser História de Amor.

E assim nos faz bem...e isso nos deixa em paz!




quinta-feira, 2 de abril de 2009

Medo de gripe

Hoje é dia 02 de Abril.
Aguardo ansiosa pelo dia 20 de abril.
Ai...tão cansada de esperar.
E sei que até lá tanta água vai rolar.
Uns meses atrás descobri que estava com pedras na vesícula e teria que operar.
E o médico mandou eu procurar um pneumo por que eu fumo religiosamente de 2 a 3 maços de DERBY por mês.
Lá fui eu pro pneumo.
Aí descobri que tenho uma asma danada.
Mais remédios que confesso que não tomei nenhum.
Nesse ínterim me acordo de madrugada com uma dor venenosa nos rins. Manhã seguinte acordo no hospital.
Não é rins. É uma hérnia de disco que assola a minha vida.
E assim me encontrava em compasso de espera pra voltar ao problema original, a pedra na vesícula.
Tomo tento e começo a mexer com os papeis da cirurgia...Risco cirúrgico, exame de sangue.
E o medo...
Volto ao médico da cirurgia. Acerto o dia.
Escolho dia 20 de Abril por que nesse dia estamos numa bata lua minguante e isso que dizer que SE acontecer de haver uma hemorragia ela terá menores proporções do que se fosse numa lua crescente ou cheia.
Dizem que a lua cheia é a lua dos namorados.
Nunca concordei com isso pois lua cheia é sempre sinal de coisa cheia, confusão...Resumindo: Já notou que os bares ficam mais cheios na lua cheia? Já notou que é nessa lua que acontecem os nascimentos dos bichos, tanto quadrúpedes quanto bípedes? Tanto racional quanto irracional?
Pois é...é na lua cheia...Linha..maravilhosa...
Quando disse pro médico que era por esse motivo, ele me olhou sério e atendeu ao meu pedido. Enquanto o meu irmão que sabe dessas minhas histórias de conexões lunares, riu de mim.
Entendo ele...afinal é um fervoroso católico....que nunca leu a bíblia...!
Então...estamos no dia 2 de Abril...Lindo dia.
E eu aqui morrendo de medo.
Não...Não! risos...
Não é medo da cirurgia....
Tenho medo de ficar gripada...tenho medo da garganta inflamada e dessa tosse renitente.
Tenho medo do carro quebrar na ida pro hospital. Tenho medo do atraso...
Tenho medo de transferirem pra um outro horário...
Um outro dia nem pensar!!!!
Não quero pensar nisso..mas cá estou eu pensando pra ver se esvazio a minha cabeça...pra ver de a dor de garganta passa...se a gripe desiste de mim e a tosse renitente se e volte, se quiser, daqui a um mês.
Parar de fumar Puxa...agora? Não...Vou acender outro pra rebater esse medinho.
Encontrei com uma amiga e falei dos meus medos....
Ela ficou rindo achando que eu fazia graça...aliás gaiatice é comigo mesmo!!!
Não tenho medo da cirurgia.
Não tenho medo de morrer.
Não tenho medo disso agora.
Penso que tudo vai acontecer como deve ser.
Mas e a gripe? Isso deve acontecer?
E a dor de garganta?
Alguém tem uma receita caseira pelamordideuxs?
Sinto as vezes a vesícula dizendo assim:
- Olhe...estou aqui...doidinha pra estourar...mas estou aguentando firme seguindo os seus passos...Lua minguante que vc quer? Tá certo...Vou aguardar....Mas estou aqui...ta me sentindo?
Meus olhos arregalam...espero....pacientemente espero....
Agora que estou lembrando...Nunca gostei muito de gripe.
Quando meu filho nasceu...a pobre da secretária não podia espirra que eu logo me levantava e perguntava:
- É gripe?
Sempre a mesma pergunta.
Ela sabia que quando a gripe viesse ela seria gentilmente mandada pra casa pra descansar e só voltar quando nenhum traço da gripe estivesse estampado no rosto.
Depois de 20 anos, meu filho já crescido...a mesma funcionária espirra e já olha pra mim esperando a mesma pergunta de 20 anos atrás:
- É gripe?
Hoje já rimos juntas, eu e ela....e a essa dupla esquisita de nós duas se juntou o que já foi um bebê um dia...e que agora é um homenzinho que se preocupa com o meu estado de saúde e ele por saber da minha neurose em relação a cirurgia e a gripe ele me telefonou e ouvindo o meu espirro pergunta:
- É gripe?
ô medo.....

terça-feira, 24 de março de 2009

LIMITES


Há um e-mail que corre na net e que eu recebi e que fala da nova relação entre pais e filhos que se chama: LIMITES.
Entre outras coisas, o e-mail diz que:
- A nossa geração é a última que respeita os pais e a primeira que aceita que os filhos lhe faltem com o respeito.

Comentou também, que:
- O autoritarismo do passado nos encheu de medo dos nossos pais e que a nossa debilidade querendo acertar mais com nossos filhos apenas engorda o sentimento de menosprezo que os filhos sentem hoje em dia pelos pais.

Ao ler isso...pensei...

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Uma amiga me ligou com o coração tão triste. Tão amargurado...

Ela comentou que ao tentar falar com o filho pelo celular, não conseguiu. Tentou de novo e nada.

Então telefonou pro trabalho dele.

Ao falar com ele disse que ficou assustada por ele não ter atendido o celular e queria apenas ouvir a vozinha dele e ter a certeza que estava tudo bem!

Ele falou que estava tudo bem.

E ao se despedir, com a voz seca disse:

- Não ligue mais pro meu trabalho. Eu não gosto!

E ela respondeu na maior humildade:

- Mas eu nunca liguei! Eu só liguei agora por me sentir preocupada com vc.

E desligaram o telefone.

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O que dizer pra essa mãe?

Como consolar um coração de mãe?

Principalmente quando essa mãe sou eu mesma!

Mãe é mais que adjetivo. É um sentimento que nunca estanca. Que hoje está triste mas ao menor sorriso filial floresce e sente-se feliz!

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Lembro quando fui ver o filme A PAIXÃO DE CRISTO, do Mel Gibson, não chorei em momento algum vendo Cristo ser surrado.

Mas quando apareceu a imagem de Maria o vendo cair quando segurava a cruz e ela se lembrar dele criancinha caindo em uma brincadeira e ela correr pra pega-lo no colo, afagar seus cabelos e cuidar do dodói de Cristo, não aguentei. Chorava feito criança.

Não!!!!!!!!

Chorava feito uma "Mãe"!

É a única imagem que trago daquele filme...A imagem de Maria vendo o seu filho cair. E juro..Não gosto do que sinto!

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Hoje, mãe, sinceramente espero que quando meu filho amadurecer ainda possa me abraçar e conversar comigo.

Pois eu, enquanto filha, não tive esse tempo.

Meus pais viajaram antes de eu crescer.

Mas isso já é outra ferida...outra história.

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- Como é que está o tempo ai?

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OBS: A foto é de uma pedra preciosa - gema -chamada ALEXANDRITA. Parece que essa (não exatamente essa! rs) é a pedra mais cara que existe. Essa é aquela pedra que muda de cor conforme a luz.

segunda-feira, 23 de março de 2009


Uns dias atrás, entrei pra uma comunidade do ORKUT bastante interessante. Ninguém briga ou discute. Todos vivem em paz. Pelo menos aparentemente.

Entrei pouco antes do Natal e fizeram um amigo oculto e eu me incluí por que fui tão bem recebida que na verdade já estava inclusa na brincadeira. Pelo menos me senti assim!

A dona da comunidade deixou que escrevessemos "anonimamente". Eu não tinha reparado nessa ferramente e pedi pra dona para que ela aceitase um FAKE meu pra eu poder "brincar" com a amiga que eu tinha tirado de forma anônima.

Imagina a confusão... Pouca gente aceitou a Intrusa...Tanto que bati em retirada com o rabinho entre as pernas e naquele momento entendi que ali tudo deveria ser muito claro. Todos da comunidade deveriam saber QUEM era QUEM.

Isso por que, acredito eu, que essa comunidade seja uma comunidade de amigos!

Entre tantos e tão poucos, conheci a pouco tempo uma das participantes.

Uma que viria mudar o rumo da história de minha promissora carreira de escritora do lar!
Ela no seu primeiro convite a mim, me fez parar e olhar atentamente suas fotos pessoais. Constatei olhos curiosos, abertos e risonhos. Olhos de quem esmiuça a alma das coisas e pessoas. Por isso a escolha da foto dela com uma de suas ferramentas de vida predileta!
Olhos de quem não só olha o mundo, mas observa atentamente cada ângulo!

O meu primeiro contato com ela foi por causa de uns móveis que vi através de um blog que ela mesma escreve.

Lindos móveis. Mas...rsrsrs"- No momento tenho outras prioridades!" rsrsrs

Mas dali pra ela me chamar atenção pra blog foi um pulo!

E eu pulando, saindo pela tangente, declinando convites, saia de fininho com essa chatice de BLOG!

Arg! Que chatice isso!

Eu com tantos afazeres de porcaria nenhuma...leituras que me devoram a alma...e ela ali...BLOG!!!!

Com espírito atarefado com uma baita dor na coluna e a vesícula me tirando o humor, ela me chama pra participar de um....BLOG! Ai, Meus Deuses....é ela novamente!

Declino mais uma vez, me garantindo pela dores físicas! kkk

Uma certa noite, eu no meio da noite e no meio da casa e no meio do nada....resolvo das uma expiadinha.

Só uma...dessas que não tiram pedaço de ninguem e nem comprometem!

As dores maiores já tinham passado e eu já conseguia ficar parada na frente do micro mais um pouco.

Ai...ai...Cai na besteira de me cadastrar!

Cai na besteira de escrever...

Cai na asneira de...

Armadilha!

APAIXONEI!

Amor a primeira tecla...a primira frase...ao primeiro texto que compartilhava com a turma da comunidade do ORKUT!

E cá estou eu, no meu próprio BLOG, conduzida pela dona da valsa a quem dedico esse texto!

Jussara, a JU ou JUJU, conforme o meu estado de espírito ou enquanto ela me deixa chama-la carinhosamente assim, foi a indutora desse abrigo gentil pra minhas palavras nem sempre gentis!

Ela, que quando de repente na minha gana e pressa me conduziu a esse espaço. Eu aqui entre o medo de perder o endereço eletronico e a ansiedade pra me estabelecer!

Tenha certeza JU, que todas as vezes que eu entar aqui nas minhas noites insones, me sentirei levada pelas suas mãos carinhosas e direcionadas nesse imenso bailar de letrinhas e sons da minha alma!

E pode estra certa que estarei rindo de mim mesma, pela tolice de não ter conhecido antes essa bobagem tão gostosa de se brincar!

beijo carinhoso e minha gartidão por me conduzir a esse mundo!